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Mata esta sede

Pára no ar um poema parecido contigo
Cai sobre a terra uma rima encadeada
Leva com ela a tua esperança embrulhada
Nasce um sorriso preso ao ramo de um verso
Cai sobre mim, desperta a força do universo
A gravidade já não me sustenta
Há uma ilusão para além do planeta
Na tua mão, na tua mão…

E eu vou andando por ai
Entre o sonho e a realidade
Misturo todos os meus sentidos
No horizonte talvez te encontre

No fim deste asfalto
Há um buraco que me espera
Se o sol se poe
Cresce um medo que me encerra

Na tua mão a fogueira que ilumina
Nos teus gestos o carinho que me incita

Vem devagar
Faz-me ver e acreditar
Que as tuas chagas são verdadeiras
Estão aqui para me curar

Mata esta sede que sinto no meu eu
Crava um punhal no ego que Deus me deu