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Nas ruínas de Babel



sinto os trovões ao longe...
ouço a chuva a cair...
há um vento forte
que me ínsita a seguir...
naquele espaço vazio...
onde não sei existir...

Não é assim tão mau não saber quem sou.

ouço os sinos ao longe...
da tempestade a surgir...
o rufar forte
do meu medo, a cair!...

Não me importa mais não saber quem sou!
Ergo-me na alegria de ver Babel ruir!...

percorre um lufar suave...
pelos destroços do tempo,
pelas ruínas da torre,
se ergue o silêncio do Ego!...

ecoa!... no meu peito!...
a certeza de mim!...
passado!... futuro!...
não pertencem aqui!...

Não me importa mais não saber quem sou!
Ergo-me na alegria de ver Babel ruir!...