Páginas

Profundo


É tão subjectivo como o Ser ser-se.
Porque aquilo que se é
Apenas ao que se é diz respeito.
A profundidade é fútil
Perante a efemeridade da vida
A superficialidade é alavanca.
Tudo o que digo é tão básico que nem vale a pena ser lido.
São apenas pensamentos regurgitados a tentar ser algo.
Tento chegar a uma meta, fica tudo por metade incompleto.
O que eu quero dizer é que a superficialidade de ideias, sentimentos e razões não existe. Apenas existe nas coisas materiais para distinção de espaços, não nas coisas imateriais. Essas serão sempre profundas, porque fazem parte do Ser.
Não porque o Ser seja sempre insondável, mas porque o Ser deverá ser sempre inestimável.
Por isso, a maior das superficialidades terá em si a mais insondável das profundidades, cheia de signos polissémicos.
Tudo depende dos olhos de quem nos lê.