Põe-me um
cigarro na boca.
Não adianta,
não vale a pena,
Não chores a
me confortar.
No meu corpo,
não me consigo mover,
Vegetativo,
trôpego.
Por isso,
tens de ser tu a tirar o maço,
A pousar-me
o “very-light”, aqui, no lábio.
Acende o
isqueiro.
Mas primeiro
tens que o montar.
No bolso
esquerdo está o “euta-” ,
No direito o
“-nasia”,
Junta os
dois que eu inalo…
Relaaaaaaaaxo…
Tu sabes, tal
como eu sei,
Tanatos, ai
vem…
Acompanha-me….
Fica…
Neste fumo
que nos amortalha.
Sente-o
Pela
garganta
Escorregando
Em
Doce
Mel
Sua voz bafienta.
É assim!
É assim que
se o enfrenta.
Com uma passa de coragem laça, com um último
prazer,
A catarse de
morrer!